Por que a fé e a oração ajudam no processo da cura?

problemas de memória, também para a família, uma melhor resposta,

 

03Veja o que pesquisas e especialistas dizem sobre o assunto

Falar de doenças não é fácil. Câncer, Aids, diabetes, tabagismo, alcoolismo, hepatite e hipertensão, por exemplo, são apenas algumas das enfermidades que mais atingem a população brasileira, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso sem contarmos as variações de algumas delas, como o câncer, que pode atingir diferentes órgãos do corpo humano e se tornar uma doença fatal.

Outro problema que acompanha as doenças é que elas envolvem sofrimento para quem está doente e também para a família de quem é acometido por elas e, principalmente, sofrimento na busca pela cura. Tratamentos médicos são procurados pelos doentes, mas, em muitos casos, apenas a medicina não basta. É preciso mais. Alguns dizem que é preciso ter a fé aliada aos procedimentos.

E uma pesquisa recente dos hospitais Thomas Jefferson e Medical College, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostrou que a oração tem efeito curativo das doenças. Segundo o chefe da pesquisa, doutor Andrew Newberg, o estudo, durante o qual foram realizados exames de ressonância magnética, apontou que há poder na oração.

Treinando o cérebro

O pesquisador já tem um histórico de estudos que buscam comprovar e desvendar a relação entre fé e ciência. Em um deles, Newberg tinha pacientes idosos com problemas de memória. Eles oravam todos os dias, durante 12 minutos, por oito semanas.

Para realizar o estudo, os participantes receberam um corante radioativo inofensivo, que foi injetado enquanto eles estavam em profunda oração ou meditação. O corante emigrou para diferentes partes do cérebro em que o fluxo de sangue era mais forte. Newberg chegou à conclusão de que, independentemente da religião, a oração cria uma experiência neurológica nas pessoas e constatou que a oração é muito semelhante a um treinamento físico para o cérebro.

Para falar com Deus

De acordo com o The Huffington Post, em outra pesquisa, realizada em 2012, Newberg mostrou que quando uma pessoa é dedicada à oração há um aumento da atividade nos lobos frontais e da área da linguagem do cérebro, conhecida por se tornar ativa durante a conversa. Ele verificou que para o cérebro orar a Deus é semelhante a falar com as pessoas. “Quando você olha para a maneira como o cérebro funciona, parece ser muito facilmente capaz de participar de práticas religiosas e espirituais. Só faz sentido. Se Deus está além, acima, e estamos aqui embaixo, nosso cérebro é capaz de se comunicar com Deus”, disse ele ao Christian Post.

O cirurgião plástico e presidente da Associação de Médicos Cristãos, em São Paulo, doutor André Peres Pontes, de 42 anos, é categórico ao afirmar a importância da fé e da oração para a cura de doenças. “Em relação a esse estudo é importante analisar todos os dados e qual foi a metodologia usada para chegar a essa conclusão. De qualquer forma, temos um grande número de pesquisas que relacionam fé e cura, independentemente da crença, e que afirmam que pacientes que têm fé desenvolvem uma melhor resposta ao tratamento médico”, diz.

Na associação que ele preside há outros profissionais da área médica que compartilham dessa ideia. “Muitas pessoas consideram que a fé e a ciência são pensamentos contrários. Não. Na verdade, a fé e a ciência caminham juntas e se complementam”, explica o profisssional.

A importância da fé

Para a doutora Eunice Harue Higuchi, médica sanitarista e presidente do Hospital Moriah, em São Paulo, o poder da oração não pode ser descartado durante um processo de cura. “Essa é uma prática que é incentivada na política de acolhimento na hora de atender os pacientes que chegam à nossa instituição, independentemente do problema que eles apresentam”, argumenta.

Para ela, trata-se de uma postura e de um jeito de ver o paciente de forma mais abrangente. “Levamos em consideração questões culturais, físicas, emocionais e até espirituais. O objetivo é entendê-lo no seu contexto social e poder atendê-lo da melhor forma possível”, afirma a especialista.

A médica vai além. Na opinião dela, a fé é decisiva para o sucesso em tudo na vida. “Para um tratamento de saúde não é diferente. Além desse estudo citado, há inúmeros outros que comprovam a importância dela no enfrentamento e na recuperação de doenças. A fé é essencial na vida das pessoas, estejam elas doentes ou não”, conclui.

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