Pare de pregar

qualquer pessoa,

dontOntem escrevemos sobre a jovem que queria começar de novo, mas não queria deixar das coisas que a impedem de fazê-lo. Hoje, vamos escrever sobre o homem que gosta de ensinar aos outros o que ele não pode praticar por si mesmo.

Você já conheceu alguém assim? Eu já, muitas vezes. Ontem mesmo estava pensando num, que era eloquente no falar e que ao mesmo tempo estava fazendo o oposto que dizia crer. Quando ele falava, ele passava firmeza e até ajudava muita gente. Mas depois de tanta pregação e ensino, haviam sempre aqueles comentários um pouco inconvenientes e certas atitudes que me faziam perguntar se as suas lições não se aplicavam a ele.

Como pode ser isso? Como alguém pode ensinar tão bem e não viver nada do que prega? Como você pode pregar sobre algo que você não acredita o bastante pra viver?

Eu já percebi que há dois tipos de pregadores. Aqueles que vivem o que pregam e aqueles que pregam pra outros, mas eles mesmos não o praticam. Infelizmente, um número assustador deles geralmente cai sob a segunda categoria, não porque querem ser hipócritas – mas porque a pregação lhes dão um certo sentimento de justiça que, por algum motivo, faz com que se sintam bem em não viver o que pregam, desde que possam mesmo assim ensinar.

Obviamente, este é um grande golpe, do pior tipo. Porque o golpe não é contra o governo ou qualquer pessoa, mas contra si mesmo. Como se vai punir a si mesmo? Não dá mesmo! E assim o esquema continua até que ele chega tão longe, nunca consegue aprender, nunca vive a verdade, nunca verdadeiramente conquista uma maneira melhor de viver.

É apenas uma outra raiz ruim encontrada por aí a fora. Se você se encontra ensinando coisas que você ainda precisa praticar, pare de ensinar até que você possa viver o que tem ensinado – julgue a si mesmo pelo ao menos por uma vez.

 

Cristiane Cardoso
cristianecardoso.com

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