Ex-presidiário, mas volta à prisão todos os meses

Palavra de Deus, produtos de tecnologia, salvar suas vidas,

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Quando entra em um templo da Universal, segurando as mãos de sua noiva, Adenezir, Filipe Silva reconhece que todo o caminho que percorreu até ali o estava preparando para algo maior. Se a fé nos ensina a confiar em todos os caminhos propostos por Deus, Filipe sobreviveu aos labirintos do crime e encontrou a arborizada avenida da evangelização.

Filipe tinha 21 anos quando despencou de 30 metros de altura. O acidente foi um desfecho horripilante da fuga desesperadora da qual ele estava participando.

Eram dois homens fugindo de policiais armados. Cada qual buscando livrar a própria pele após um assalto malsucedido a uma loja de produtos de tecnologia. Fizeram mais barulho do que poderiam e os guardas da loja perseguiram os dois.

Da queda, restou para Filipe a bacia e o cotovelo quebrados. Foram horas sombrias que precederam momentos gloriosos.

Essa foi a última de quatro prisões de Filipe. Já se sentindo cansado do crime, ele trazia escondido em sua alma o entendimento de que precisaria mudar seu modo de vida se quisesse continuar vivendo. Não era mais possível suportar aquela subvida que se arrastava desde a sua adolescência.

“A vida do preso pode começar onde menos se espera”

Filipe nasceu em São Paulo, em 1986, e, após uma grave crise familiar, viu seus pais se separarem quando tinha apenas 13 anos de idade. Mudou-se então com sua mãe, Suely, para um bairro novo, onde as crianças tinham muito mais liberdade do que ele estava acostumado e acabou confundindo essa liberdade com o direito de se envolver com o que não devia.

Logo as amizades o apresentaram às drogas; e as drogas o apresentaram ao crime. Ele queria ter mais do que podia. Se em casa chegou a passar fome com a sua mãe, que, mesmo trabalhando duro, não podia lhe dar tudo o que queria, nas ruas encontrou uma maneira de ter um pouco a mais.

Foram quatro prisões a partir dos 18 anos de idade, sempre em intervalos curtos. Aos 21, após cair do edifício, já sabia que precisava mudar. Conheceu, ainda dentro da prisão, a Universal. E ali deixou Deus tomar conta de sua vida.

“Assim que minha mãe me viu nessa situação de crime e drogas foi até a Universal. Ela orou por mim sem se deixar abater nunca. A fé dela sempre foi inabalável.”

O vazio tomava conta de Filipe e foi preenchido pela Palavra de Deus. Apesar de ser um trabalho muito árduo se livrar dos antigos hábitos, ele se agarrou à esperança de sua mãe e pôde se recuperar.

Faz aproximadamente 3 anos que Filipe saiu de trás das grades e, por vontade própria, agora ele volta à prisão diversas vezes ao mês. Sabe que Deus o ajudou a retomar os estudos e quitar suas dívidas, livrar-se dos vícios e encontrar uma companheira. E quer fazer com que esse mesmo Deus alcance as pessoas, assim como ele foi alcançado.

Seu pai voltou para casa e sua família se recompôs. Filipe prega para presidiários, mas não se esquece de seus parentes, aqueles que precisam de mais fé, força e luz.

“A família não pode ficar de fora do trabalho, precisamos fortalecê-la para que ela assuma todas as suas responsabilidades e consiga enfrentar essa situação”, ressalta. “A [nova] vida do preso pode começar onde menos se espera: dentro da cadeia. Quando fazemos uma aliança com Deus e nos unimos à família, podemos seguir nosso caminho na vida, que é muito difícil. E só Jesus Cristo pode dar essa força de que precisamos.”

Filipe precisou e pôde contar com a ajuda de sua mãe para se recuperar na vida e hoje, movido pela consciência de que a família é a parte mais importante na recuperação, orienta não apenas presidiários, mas também aqueles que podem salvar suas vidas.

Conheça o trabalho de evangelização nos presídios.

(*) Colaborou: Universal

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