Os semelhantes se atraem

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bp-sidney.300x200Bispo Sidnei Marques e a esposa, Elizabeth, falam sobre dificuldades, vida no Altar e Salvação

O dito popular fala que “os opostos se atraem”, e, acreditando nisso, muitos procuram um par completamente diferente de si. Mas não é isso que afirmam o bispo Sidnei Marques, de 43 anos, e sua esposa, Elizabeth dos Santos Marques, de 44, que estão casados há 23 anos.

Na entrevista exclusiva à Folha Universal, eles falam sobre as dificuldades do início do relacionamento e como mantêm, apesar dos problemas, o maior bem que o ser humano pode conquistar. Confira.

Quais eram os problemas que enfrentaram antes de chegar à Igreja?

Ele: Minha família era católica praticante, mas devido a problemas familiares minha mãe começou a frequentar um terreiro e todos foram com ela. Eu era uma criança muito doente, tinha um problema no estômago e tudo que comia passava mal. Fiz tratamento médico, mas não resolveu. Procuramos solução no terreiro, mas também não resolveu.

Ela: Eu tinha problemas espirituais. Não dormia à noite, via vultos e ouvia vozes, vivia com a sensação de que alguém queria me matar e tinha muito medo de tudo. Aos 12 anos comecei a ter desmaios sem explicação para a medicina. Isso só aumentou meu medo, só me sentia protegida se dormisse com meus pais. Frequentamos várias igrejas e centros espíritas em busca de uma solução. Além disso, meu pai era viciado em álcool e vivíamos na miséria, pois ele gastava tudo com bebida. Mesmo com todos esses problemas tive que começar a trabalhar muito cedo para ajudar.

Como conheceram a Universal?

Ele: Minha mãe começou a assistir um programa de TV que o bispo Macedo fazia no Rio de Janeiro chamado “O Despertar da Fé”. Ainda não tinha Universal em Curitiba. Na década de 1980, quando abriu a Igreja começamos a frequentar. Depois de 3 anos, tive meu Encontro com Deus, fui batizado com o Espirito Santo, então fui levantado obreiro e, no final de 1983, a pastor auxiliar.

Ela: Eu e minha irmã ouvimos uma mensagem do bispo Paulo Roberto na qual parecia que ele falava conosco, pois sabia de tudo que enfrentávamos. Por isso, cheguei com muitas expectativas. Eu tinha certeza de que minha vida mudaria. Logo após a primeira reunião, eu que sofria com insônia, dormi a noite toda. Fiquei maravilhada por causa daquilo. Ganhamos de presente o livro “Despertar da Fé”, do bispo Macedo e o li muitas vezes. Como não tinha condições de comprar uma Bíblia, eu lia e aprendi ali, aliado às reuniões, como usar minha fé para mudar de vida.

casando.300x200O senhor se tornou pastor auxiliar muito jovem, com 13 para 14 anos, quais foram as dificuldades nesse começo?

Ele: Na época a Universal ainda estava começando no Estado, existiam apenas dois templos no Paraná. A escassez era grande, mas perseverei. Meu pai me disse que não precisava passar por aquelas dificuldades. Por ser muito novo algumas pessoas não acreditavam em mim, então eu tive que ter uma postura mais séria e amadurecer rápido. Eu lavava e passava minhas roupas, preparava minha comida, enfim, me virava sozinho. Mas o alvo, o desejo de ganhar almas me fez superar tudo.

O que foi fundamental para perseverar após tantos anos?

Ele: Meu foco sempre foi, em primeiro lugar, manter minha Salvação. O que me mantinha firme era minha comunhão com Deus. Isso foi o que me sustentou na fé e me sustenta até hoje. Eu tomei uma decisão firme de dedicar minha vida para ganhar almas até o fim, sem nunca olhar para trás.

Vocês tiveram outros relacionamentos antes de se conhecerem?

Ele: Com 17 anos conheci uma obreira e depois de meses ficamos noivos, mas percebi que não era a pessoa certa para mim, então terminamos.

Ela: Ele foi meu único namorado. Desde que comecei a frequentar a Igreja participava das palestras pela vida sentimental. Eu queria namorar só com quem fosse me casar. E especifiquei para Deus como eu queria que fosse essa pessoa.

consagrados.300x200Como se conheceram?

Ela: Eu havia feito um pedido bem específico para Deus, por isso quando eu vi o meu marido tive certeza de que seria ele, nós trocamos olhares por algum tempo, até que um dia no intervalo de uma vigília nós conversamos, uma semana depois começamos a namorar.

Ele: Eu observava a dedicação dela e isso despertou meu interesse. Ela estava sempre presente nas reuniões, era discreta e atenciosa.

Hoje em dia é comum as moças aceitarem qualquer rapaz pelo receio de ficarem solteiras. O que você diria para elas?

Ela: É bom ter critérios a respeito de como será a pessoa com quem irá passar o resto da vida ao lado. Não pode aceitar menos do que se é. Quando você é de Deus não aceita qualquer pessoa em sua vida. Eu queria uma pessoa que tivesse o caráter de Deus, fosse fiel, um bom filho e que a família dele também conhecesse a Deus. Eu quis a bênção completa. Não existe mais ou menos. Mas para receber o melhor é preciso esperar e é ai que muitas acabam aceitando qualquer pessoa e se prejudicam. Não importa o tempo que leve, Deus tem a pessoa certa para cada um de nós.

Quais foram as dificuldades no início do casamento?

Ele: Casamos em 1990. No início tivemos o período de adaptação. Não tínhamos problemas sérios. Existiam diferenças, desde garoto eu estava acostumado a ficar longe da família, e ela nunca tinha saído de perto dos pais. Então algumas vezes chegava da igreja e a encontrava triste porque sentia saudades da família.

Ela: Um dia enquanto ele estava no programa de rádio que fazia, e eu fiquei vendo fotos da minha família, aí bateu a saudade e comecei a chorar. Quando ele chegou perguntou a razão do meu choro e conforme expliquei ele ficou bravo e perguntou se eu queria arrumar as malas e voltar para casa. Ele falou “eu sou sua família agora”, foi um tratamento de choque, mas a ficha caiu.

casamento.300x200Quais são as diferenças mais notáveis entre os dois?

Ela: Na verdade somos muito parecidos. Dizem que os opostos se atraem, mas não foi nosso caso, as diferenças são pouquíssimas. Por exemplo, ele é criterioso e eu também, ele é exigente e eu também, ele é caseiro e eu também, ele é pontual e eu também, aliás até demais. Uma diferença entre nós: Ele gosta de provar pratos novos quando a gente sai, e eu prefiro escolher o que já conheço.

O que mais gostam um no outro?

Ele: Ela é companheira, está sempre junto comigo no que eu precisar, ajudando em tudo. A vida do pastor é fazer reunião, cuidar do povo, então a esposa tem que estar nesse espírito. Já rodamos quase todo o País. Estamos sempre com a mala pronta. Fisicamente o que mais gosto é o sorriso encantador.

Ela: Ele é muito sincero. Eu admiro o jeito que ele serve a Deus. A mesma disposição que via quando era solteiro, garoto. Fora isso, gosto da postura dele. Isso me chamou a atenção quando eu o conheci. Na verdade, gosto de tudo.

Como manter um relacionamento feliz mesmo depois de tantos anos de casamento?

Ele: A gente conversa muito. Isso com certeza ajuda bastante. Quando há algum atrito a gente resolve. Não deixamos para depois. Nenhum dos dois vai dormir com algum problema.

Ela: O segredo maior é o diálogo, resolver os problemas, não guardar nada. Isso ajuda a conhecer a pessoa, saber o que pensa, como vê as coisas. O diálogo fortalece o laço com o outro.

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