PROMESSA QUEBRADA 

Aprendi a me valorizar, comecei a trabalhar, obra de Deus,

PROMESSA QUEBRADA A minha infância foi cheia de sofrimento. O meu pai era militar e tinha várias amantes. Os meus pais acabaram por se divorciar, a minha mãe teve que sustentar a mim e aos meus três irmãos sozinha e nós passamos por muita necessidade.

Comecei a trabalhar muito novo para poder ajudar em casa, tinha apenas 12 anos. Eu também era atleta e treinava Karaté desde os 6 anos de idade. Fui campeão do Nordeste dez vezes e vice- campeão na seleção brasileira.

Apesar disso, cresci muito mulherengo, pois o meu pai me influenciava e dizia que eu tinha que ter várias mulheres. Com isso tudo, também sofria com perturbações e insônia. Quando já tinha uma certa idade, eu e alguns dos meus amigos decidimos fundar uma sociedade contra o matrimônio. Eu era mulherengo e sempre à procura de aventuras. O que me interessava era a quantidade, quanto mais mulheres eu tinha, melhor.

Só a ideia de casamento, me aterrorizava, essa foi a razão por que fundamos a sociedade contra o matrimónio. Todos nós fizemos uma promessa que nunca iriamos casar. Mas com o passar do tempo, namorar muitas mulheres diferentes já não me interessava e os meus amigos um a um começaram a casar, sentia-me sozinho. A minha mãe conheceu o Centro de Ajuda primeiro, ela começou a mudar de vida e depois os meus irmãos a acompanharam.

Só que eu odiava o Centro de Ajuda e era o único que não frequentava. Eu dizia que se lá entrasse era para matar o pastor. Odiava aquele lugar e pensava que todos eram ladrões. Mas a verdade é que via as mudanças na vida dos meus familiares. Não queria mais viver na situação em que eu estava, desejava tanto mudar de vida e por ver a mudança em meus familiares, decidi deixar esse orgulho e ódio para trás e aceitei o convite de uma vizinha para ir ao Centro de Ajuda.

casosreaisAo frequentar e ao colocar em prática o que aprendia, comecei a ver mudanças em minha vida também. Aprendi a me valorizar e a valorizar todos ao meu redor. Decidi mudar o meu estilo de vida e deixar essa vida de mulherengo para trás. Estava pronto para um novo começo.

Eu já conhecia a Sandra antes de chegar ao Centro de Ajuda. Eu dava aulas de musculação e Karaté na mesma academia que ela trabalhava, mas ficamos sem nos ver por um bom tempo. Depois eu me converti, sem saber que ela também estava a frequentar o Centro de Ajuda. Voltamos a trabalhar juntos, descobrimos que estávamos frequentando o Centro de Ajuda e o interesse foi surgindo. Nós nos conhecemos melhor e quando tive a certeza que ela realmente era de Deus, decidimos  namorar. Como já nos conhecíamos, namoramos só um mês e logo casamos.

Eu estava decidido e não queria mais brincar. Éramos bem diferentes, eu mais seco e ela mais apegada à família. Ela sempre ia à casa da mãe dela e também queria que eu fosse. Tivemos que trabalhar nessa questão e encontrar o equilíbrio. Eu passei a entendê-la, comecei a compreender que também é importante dar atenção à família, mas ela mudou após entender a necessidade de desapegar da família.casosreais22
Tudo estava bem na minha vida.

Trabalhava numa boa empresa, havia aberto uma academia e dava aulas também.

Fazia parte da seleção brasileira de Karaté que era patrocinado pela Rede Record e a minha filha mais nova era recém-nascida. Eu e a minha esposa éramos obreiros e o amor pelas almas e pela obra de Deus foi crescendo. Conversei com a Sandra e ela estava na mesma fé que eu. Decidimos então largar tudo e me tornei pastor.

Não tive medo nenhum, mesmo com dois filhos, porque sabia que Deus ia honrar a nossa atitude. Não foi fácil manter os nosso filhos no caminho correto, porque eles acabam fazendo amigos e os jovens são facilmente influenciados. Houve uma época em que eles ficaram um pouco revoltados por não terem uma vida de um jovem comum, mas foram crescendo, amadureceram e entenderam.

O mundo tem suas influências, mas nós os aconselhamos e damos bons testemunhos. Também fomos muito pacientes e procuramos entendê-los como jovens. Sempre pedimos sabedoria a Deus para os orientar. Hoje não só continuamos a fazer a Obra de Deus mas também os nossos filhos.

Altair e Sandra Moares

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