Onde você estava quando eu precisei de você?

em outros lugares, tomar uma atitude,

Onde você estava quando eu precisei de você?Por anos, Louise Robinson odiou seus pais, exatamente por este motivo. “Eu sentia como se não pudesse contar com eles”, diz Louise. Por ser filha única de pais separados, ela passava a maior parte do tempo entre viver com sua mãe e o namorado dela e visitar seu pai. 

Relembrando aquele período, ela nos conta: “Minha mãe nunca foi de demonstrar muito afeto. Eu cresci sem me sentir muito amada por ela, e isso causou uma distância entre nós. Aos 14 anos, fui morar com o meu pai, achando que as coisas melhorariam, mas também não recebi muita atenção dele. Isso fez eu buscar aquela atenção em outros lugares.

Como consequência, fiquei grávida aos 18 anos. O pior dia da minha vida foi quando dei a notícia para o meu pai. Me lembro como se fosse ontem. Ele me expulsou. Me vi sozinha na rua, grávida e amedrontada. Eu não sabia o que fazer. Não podia ir para a casa da minha mãe, pois ela morava muito longe, e meu então namorado também não tinha condição de me abrigar.

Naquela noite, acabei em um albergue horrível. Estava com tanto medo, que empurrei a cama contra a porta, para caso alguém tentasse entrar. Felizmente, naquela mesma semana, consegui uma casa para ficar, mas quando meu filho fez dois anos, o senhorio quis a propriedade de volta e tivemos que sair.

Apesar de logo termos conseguido outra casa, eu estava muito desanimada. Naquele ponto baixo da minha vida, me lembrei das histórias de transformação que ouvi no Centro de Ajuda quando fui até lá, há alguns anos atrás. Eu achei que, se voltasse, talvez eles também poderiam me ajudar. Desta vez, eu estava decidida a realmente mudar minha vida. Eu precisava tomar uma atitude, não apenas por mim, mas também por meu filho.

Meu maior desafio foram as dúvidas. Era difícil acreditar que minha família podia mudar, que meus pais podiam mudar. ‘Por que seria diferente desta fez?’, eu pensava. Mas não percebia que o problema não era apenas eles, mas também eu mesma. Logo percebi que, enquanto eu não deixasse a mágoa para trás, minha vida não iria para a frente. Era como se eu tivesse um buraco dentro do meu coração, que precisava
ser preenchido.

Aprendi que todos aqueles sentimentos negativos que eu estava mantendo dentro de mim estavam apenas me destruindo. Aquilo não valia a pena, então resolvi perdoar meus pais e entrar em contato com eles. Foi difícil, mas começamos a nos comunicar e trabalhar para restaurar nossa relação. Levou um tempo, mas conseguimos, ao ponto de eu me sentir confortável até mesmo para compartilhar meus futuros planos com o meu pai. Para a minha surpresa, ele me apoiou bastante – algo que nunca tinha acontecido antes.

Apesar de não ter sido fácil, sempre me apoiei no motivo pelo qual eu precisava perdoar. Foi naqueles momentos duros que eu me aproximei de Deus, para me fortalecer, e Ele sempre me ajudou com minha batalha interior. Em pouco tempo, percebi que, conforme eu mudava, meus pais também estavam mudando.

Hoje eu estou em paz, pois tenho a certeza de que, aconteça o que acontecer, irei vencer. Sou realmente feliz e não guardo mais rancores. Eu amo os meus pais e sei que posso contar com eles.”

Louise Robinson

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