Lares desfeitos geram pessoas desorientadas?

frequentando o Centro de Ajuda, me ajudaram a lidar com meus problemas, priorizar a Deus,

RichardFilhos de pais separados podem sofrer sérios efeitos negativos durante a infância, como se rebelar ou fracassar nos estudos. Nós tendemos a pensar que esses tipos de feridas são curados com o tempo, mas a pesquisadora e psicóloga Judith Wallerstein afirma que o maior impacto gerado nas crianças ocorre entre 15 a 25 anos após o divórcio, especialmente quando elas entram em um relacionamento sério.

E diferentes estudos sugerem que pessoas que sofreram o trauma da separação dos pais na infância são menos dispostas a se casar, por temerem que o casamento sofra o mesmo final.

Então, lares desfeitos criam pessoas desorientadas? Não necessariamente, como mostra a história de Richard Campbell. Ele cresceu em um lar desfeito e costumava se sentir isolado e incompreendido. No entanto, ele decidiu não ser apenas mais uma estatística.

“Foi difícil crescer em um lar desfeito. Eu sentia que ninguém me entendia. Naquela época, os efeitos psicológicos e emocionais que isso gera nas crianças não eram algo tão bem documentado como hoje. Acabei por me tornar mais uma estatística. Passei a sentir ressentimento e ódio por minha mãe. Eu a culpava por ela não entender o que eu estava sentindo e acredito que nosso relacionamento foi gravemente afetado por causa disso. Nós discutíamos constantemente e, embora eu soubesse que nos amávamos, nós nunca dizíamos isso um para o outro, porque quase sempre que conversávamos, era para discutir. Nós nos afastamos muito naquele período.

Eu estava sempre com raiva, parecia que qualquer coisa ou pessoa me irritava. Eu simplesmente explodia – provavelmente por causa do jeito como cresci. Eu costumava falar muitos palavrões e pular de relacionamento em relacionamento. Não tinha ninguém para me dar o exemplo do que era ter um bom casamento e ser um homem respeitável.”

No entanto, naquela época a mãe de Richard estava frequentando o Centro de Ajuda e ele começou a notar algumas mudanças nela.

“Eu percebi que minha mãe começou a evitar as discussões que costumávamos ter – algo que ela não fazia antes. Algum tempo depois, uma reunião especial semelhante ao evento ‘Eu Não’ foi anunciada e minha tia incentivou minha mãe a me convidar. Levando a mudança dela em consideração, aceitei seu convite.

Eu fui ao evento e gostei muito, então decidi continuar frequentando a igreja. A principal coisa que eu aprendi lá foi a importância do perdão, então resolvi deixar meus rancores para trás, porque eles estavam começando a ser prejudiciais até mesmo para a minha saúde. O ponto decisivo para mim foi quando decidi priorizar a Deus. Embora eu já estivesse tentando mudar antes de vir para a igreja, sinto que Deus me deu aquele empurrão a mais. Não foi fácil. Eu trabalhei duro para reconstruir o relacionamento com a minha mãe. Dedicar um tempo para fazer as coisas junto com ela foi crucial para eu deixar de lado aquele rancor do passado.”

Sentimentos negativos alimentam sentimentos negativos. Richard precisava quebrar esse ciclo para avançar. “Outra coisa que eu precisava fazer era cortar da minha vida as pessoas que estavam me impedindo de crescer. Algumas pessoas ao meu redor tinham ressentimentos, mas não pretendiam se livrar deles.

Naquele momento, eu não estava pronto para me comprometer com alguém. Minha mente não estava focada em ter um relacionamento. No entanto, as reuniões me ajudaram a lidar com meus problemas enraizados e, após mudar, eu estava pronto para um relacionamento. Venetia, minha esposa, veio na hora certa.”

O casal foi apresentado em 2012, se conheceu melhor e acabou se casando em 2017.

“Nosso relacionamento funciona porque aprendemos sobre a importância de investir em nossa vida amorosa. Somos comprometidos e nos entendemos. Nós nos esforçamos para mostrar um ao outro que nos importamos, em vez de apenas dizer isso.”

Hoje, Richard superou todas as suas dificuldades e vive uma vida feliz, apesar das probabilidades estarem contra ele no passado. Ele é a prova viva de que o fato de seus pais serem separados não quer dizer que você não pode viver “Feliz Para Sempre”.

Richard Campbell

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