para mostrar a Deus, um conselheiro espiritual, uma vida sexual ativa,
Os traumas e abusos sofridos na infância explicam muito dos problemas vividos na vida adulta. Há quem acredite que certas marcas do passado são profundas demais para serem apagadas. Conheça a história de Maxine Campbell, solteira, mãe de 13 filhos.
“Eu nasci na Jamaica e fui criada por minha avó. A partir dos quatro anos de idade eu passei a ser molestada sexualmente por uma pessoa da minha família. E por ele ser um membro da família, eu acreditava que a culpa era minha, e por isso eu não contei a ninguém “, disse Maxine.
Tendo crescido sem a mãe por perto para protegê-la, Maxine nutria um ódio profunda por ela. Sendo assim, quando migrou para o Reino Unido para vir morar com a mãe, o ambiente em casa estava longe de ser agradável.
“Eu era uma pessoa revoltada, e achava que ela não tinha o direito de me dizer o fazer. Ela não estava comigo quando eu mais precisei dela, então também não poderia ousar dizer que queria o melhor para mim, ou desejar formar uma família feliz!”
“Fugi de casa várias vezes e, aos 12 anos de idade, comecei a beber e fumar. Pulava pela janela do meu quarto para sair com os amigos e já tinha uma vida sexual ativa.
” Aos 23 anos, Maxine já tinha quatro filhos e estava grávida de gêmeos. Mas mesmo grávida, ela continuava vivendo de forma imprudente, e agora era viciada em crack e cocaína. Como resultado de tudo isso, seus filhos nasceram prematuros, com apenas sete meses.
Os bebês eram muito doentes, tinham problemas pulmonares e chegaram a ficar internados na unidade intensiva sob cuidados especiais. “Eu pedi ajuda aos médicos para largar os vícios de cigarro e drogas, pois estava assustada com o estado dos meus filhos. Em seguida, o serviço social entrou em cena e este foi apenas o começo de muitos perdas. Meus filhos foram retirados de mim, membros da família tomaram custódia de alguns, enquanto outros foram adotados, seis no total.
A assolação e a culpa de tudo isso foi demais para suportar. Pouco tempo depois, perdi minha casa e, comecei a viver em casas de crack, me prostituindo para alimentar o meu vício. Este foi o meu fundo de poço.
” Maxine perdeu toda a auto-estima, aos seus próprios olhos, sua vida não tinha valor algum, até que foi convidada a conhecer o Centro de Ajuda.
“No começo, eu estava muito relutante, pois o que uma pessoa como eu iria fazer em uma igreja? Um lugar de pessoas de pessoas ‘santas’, de boa índole e bons costumes. Certamente eles iriam me rejeitar. Porém, não aguentava mais sofrer e decidi ir assim mesmo. Conversei com um conselheiro espiritual, que me ouviu, enquanto eu desabafava e falava sobre tudo o que tinha acontecido comigo, desde a minha infância. Falei sobre muitas decisões erradas que eu tomei e como elas me afetaram, mas que eu queria uma nova vida. Para minha surpresa, ele não me julgou, nem se mostrou escandalizado pela minha situação. Simplesmente, ele me disse e que era possível mudar. Olhando eu seus olhos, eu acreditei.
Comecei a freqüentar as reuniões de sexta-feira, onde eu aprendi como remover todos os pontos negativos que me cercavam. À princípio, foi muito difícil abandonar a vida errada, e apesar de apreciar tudo o que estava aprendendo e o apoio que recebia, eu não praticava o que estava sendo aconselhada. Como resultado, poucas coisas mudavam, e minha vida era cheia de altos e baixos.
Até que um dia eu tomei a decisão de me entregar por inteiro. Eu não aguentava mais sofrer e sabia que o fato de frequentar uma igreja, ou receber orações não iriam mudar a minha vida. Participei da Campanha de Israel e fiz um voto com Deus, porque eu queria mostrar a minha dependência nEle. Ofereci a Deus um sacrifício financeiramente, físico e espiritual!
Fiz jejuns, orava a cada três horas, e frequentava o Centro de Ajuda mais vezes do que o habitual, tudo para mostrar a Deus o que queria dele. Mudei meu número de telefone e decidi me afastar dos velhos ‘amigos’, pois não queria ser a mesma pessoa de antes.
Ninguém me disse para fazer isso, e de fato, isso pode parecer estranho para muitos, mas dentro de mim, eu sabia que aquela era a única maneira pela qual eu poderia finalmente ser livre. Foi extremamente difícil, confesso que caí muitas vezes, mas a cada queda eu era encorajada a voltar, perseverar, não desistir. Desde então, tenho visto uma grande mudança em meu interior. Estou livre dos vícios, e não tenho o menor desejo de fumar, usar drogas ou beber. Posso dizer que Deus realmente mudou minha vida, e para muito melhor.
Maxine Campbell, Tooting
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