Tenho 37 anos e medo de relacionamento

Esse é o problema, tomar uma atitude, uma ajuda financeira,

Fotolia_96425121_Subscription_XL.300x200Veja o que Renato e Cristiane Cardoso pensam sobre este assunto

Muitas pessoas, controladas pelo medo, deixam de tomar importantes atitudes e decisões na sua vida. É o que tem acontecido com a aluna, que não quis se identificar, mas pediu ajuda aos professores Renato e Cristiane Cardoso, do programa A Escola do Amor Responde. Ela diz que tem medo de se relacionar com alguém porque é responsável pela família. Acompanhe as orientações do casal.

Aluna – Sou solteira, tenho 37 anos e a meta de ajudar os meus pais com o pagamento do aluguel até que eles se aposentem. Meu pai é alcoólatra e não quer ajuda quanto a isso, minha mãe é depressiva e meu irmão se esconde da sociedade porque nasceu estéril. Eu vivo preocupada com todos eles e tenho medo de me relacionar com alguém, mas, ao mesmo tempo, sinto que preciso. Não me relaciono há muitos anos e não quero ser vítima da carência. Por onde eu devo começar e como posso agir? Tenho uma amiga casada que me aconselha a deixar os meus pais e a viver a minha vida, mas me sinto responsável por eles. Às vezes, tento ir à “Terapia do Amor”, chego a me preparar, mas logo desanimo. Frequentei as palestras só dois meses e dei um tempo. De vez em quando, vivo amores platônicos com colegas de trabalho, mas não passa disso, me dá vergonha de assumir. Quero mudar de vida.

Cristiane – Se você quer mudar de vida, tem que tomar uma atitude. Você não precisa largar os seus pais ou desprezá-los para cuidar da sua vida amorosa. Eu e o Renato, por exemplo, cuidamos do nosso casamento e também fazemos outras coisas. Você não terá de focar apenas na sua vida amorosa. Você pode continuar cuidando dos seus pais, enquanto eles precisarem, mas também pode tirar uma quinta-feira para vir às palestras. Você diz que quer mudar essa situação, então precisa fazer esse tratamento. Você disse que desanimou, mas a “Terapia do Amor” é uma das coisas que você precisa fazer pela sua vida amorosa. Então, mude de atitude.

Renato – As nossas metas ditam os nossos comportamentos e acredito que você tenha que mudar a sua. Se a sua meta é pagar o aluguel dos seus pais até que eles se aposentem, então você terá que trabalhar para gerar essa renda e cumprir esse objetivo.
Provavelmente, você é uma pessoa que vive trabalhando por se preocupar bastante com seus familiares, pois, se depender deles, não terão onde morar. Por isso, imagino que você deva se entregar ao máximo ao trabalho e não tenha uma vida social. O que vejo é que você tem complexo de salvadora. Esse é o problema. Você se coloca como mártir e está sofrendo com isso. Diz que está carente, que tem 37 anos e há muito tempo não se relaciona com ninguém. Você mesma está trazendo o sofrimento para a sua vida e ainda fica se fazendo de vítima da situação. Aluna, se você realmente quer ter alguém ao seu lado, tem de reavaliar os seus objetivos de vida. Não precisa deixar de ajudar os seus pais, mas tem que ter prioridades. Quanto a seu irmão, sabe por que ele convive com o fato de ser estéril e está assim? Porque ele tem a irmã “mãezona” para cuidar dele. Ele tem você para fazer tudo. Enquanto você for a salvadora e a muleta de sua família, todos os problemas dela vão recair sobre você. Está na hora de cada um lidar com as consequências de seus atos. Às vezes, temos que ser egoístas para poder ajudar as pessoas. Se o seu irmão quer ficar depressivo, enfiado no quarto, deixe-o lidar com a decisão dele. Cuide de você primeiro, de tratar dos seus medos e de se cuidar para estar bem, forte e realizada na vida amorosa.

Cristiane – Você disse que está ajudando seus pais, mas está apenas pagando os aluguéis, é uma ajuda financeira, pois seus pais não estão vivendo bem, isso não é vida. Sua mãe é uma pessoa deprimida, seu pai é alcoólatra e não faz nada para mudar essa situação e seu irmão vive isolado de todos. Você não está ajudando, só está contribuindo financeiramente. E acaba alimentando o problema de cada um, pois seu papel é ser babá da família. Aluna, tome uma atitude, volte a participar das palestras da “Terapia do Amor” e pense um pouco mais em você. Quando deixar de pensar um pouco nos familiares, eles terão de fazer alguma coisa, de tomar alguma atitude para mudar a situação pessoal.

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